O Boicote - Assembleia Municipal de Ponte de Sor‏

Categoria: PCP
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Projectos de Lei para a Criação de Freguesias de Ponte de Sor, de Vale de Açor e de Tramaga.

 

A Assembleia Municipal de Ponte de Sor, na reunião de Junho, aquando da discussão do assunto para emissão de parecer sobre os três projectos de lei apresentados pelo PCP, assistiu a um número de malabarismo político, capaz de rivalizar com a golpada dos partidos da direita na Assembleia da República e que o PCP denunciou.

Com argumentos falaciosos, o PS e o Presidente da Assembleia Municipal, Taveira Pinto, procuraram boicotar a votação e a emissão do parecer obrigatório por lei, alegando que os projectos de lei do PCP deveriam ser submetidos a um parecer técnico.

A bancada da CDU fez ver a Assembleia que o que estava em causa era a emissão de um parecer, favorável ou desfavorável, sobre um texto que estava a ser apresentado para pronúncia.

A falta de ensaio geral do PS local determinou uma disparidade de posições políticas, culminando no visível descontrolo de Taveira Pinto que, com acto cobarde, abandonou a sala e a sessão a que presidia. Como prova de afectos e lealdade ao chefe, abandonaram ainda a sala o Vice-Presidente da AM, Morujo Henriques, o chefe de gabinete do Presidente da CM, Nuno Castro, o Presidente da JF Galveias Rui Canha Nunes e Lisete Marques, todos do PS.

Prates Miguel, membro da CDU na Assembleia Municipal, assume a Presidência e apesar desta tentativa de boicote, as propostas do PCP foram aprovadas, com os votos favoráveis da CDU, do BE e de três eleitos do PS.

Votaram contra o PSD e três eleitos do PS, e abstiveram-se seis membros do PS, onde se incluem os presidentes das Juntas de Freguesia de Montargil, Foros de Arrão e de Longomel.

A extinção das freguesias de Vale de Açor e de Tramaga representou um projecto de político de empobrecimento do regime democrático, da redução de eleitos de freguesia, da perda de proximidade e do afastamento dos eleitos das populações, da redução da capacidade de resposta perante os problemas das populações, de agravamento das assimetrias regionais e de perda da identidade local.

A CDU e o PCP, em Ponte de Sor, estiveram na linha da frente dessa luta. Com mais este episódio comprovou-se quem em 2010 defendeu o quê e onde se posicionou, apesar de dizer na rua o seu contrário.