Escreva-nos para:
Bom dia camaradas.
A minha intervenção é sobre o papel dos comunistas nos locais de trabalho e no MSU no distrito de Portalegre. Um MSU que se quer forte, dinâmico, interventivo e de massas.
Os comunistas agem em todos os aspectos da sua vida no sentido da defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores. É esta profunda ligação à vida, aos anseios do povo e sobretudo da classe trabalhadora que faz do nosso partido a força transformadora que é e são estas as características que torna imprescindível e natural as presença dos comunistas no MSU.
Existem aqui no distrito algumas linhas de trabalho e de discussão que devemos aprofundar: a concretização das orientações do partido de organização e intervenção dos comunistas nos locais de trabalho e o recrutamento e responsabilização de quadros para o MSU.
Nós, trabalhadores comunistas, temos um papel fundamental na ligação do nosso partido à realidade vivida nos locais de trabalho da nossa região. Descobrindo potencialidades, denunciando os problemas e as situações de atropelo aos direitos dos trabalhadores. Ao mesmo tempo temos a tarefa de, ganhando a confiança dos colegas de trabalho pela nossa postura reivindicativa, assumir tarefas de direcção dos movimentos sindicais de classe.
Camaradas, a CGTP, a única organização sindical de classe, enfrenta problemas resultantes da ofensiva ideológica em curso, do discurso das inevitabilidades, do desemprego, dos baixos salários. Aqui no distrito estas dificuldades colocam-nos entraves à dinamização da luta de massas e na intervenção nos locais de trabalho de diversos sectores. Precisamos de quadros. Uma intervenção dirigida, continua e consequente precisa de dirigentes e delgados sindicais que tenham como objectivo o reforço da consciência de classe e do movimento reivindicativo. É este o caminho para a ruptura com as políticas de destruição nacional.
Existe todo um caminho traçado pelo MSU no distrito de Portalegre que urge amplificar. Estamos a trabalhar para a criação de uma casa sindical que irá permitir conciliar esforços entre os vários sindicatos, poupar tempo e dinheiro, potenciando a nossa intervenção. Continuamos a apostar na procura da unidade, na valorização das lutas dos trabalhadores, na realização de iniciativas de divulgação de propostas e alternativas à situação de miséria e sofrimento da população, de desigualdades territoriais, de isolamento, de destruição das funções sociais do estado. Ajudamos os sindicatos sem estrutura, nas indústrias da alimentação e bebidas, no sector agrícola, nas empresas eléctricas, na hotelaria, a encontrar caminhos para o seu reforço. Ampliamos as lutas concretas que têm decorrido: dos trabalhadores dos CTT resistindo às acções de coação e de desrespeito pela contratação colectiva; dos trabalhadores dos hipermercados que se organizam e elegem delegados sindicais; dos trabalhadores da administração pública pelas 35h semanais; dos enfermeiros exigindo o reforço de pessoal nos seus serviços; dos trabalhadores da administração local que conduziram à assinatura de 12 ACEP num universo de 15 municípios e programam já acções de luta para a assinatura dos restantes, criam cadernos reivindicativos, exigem a melhoria das suas condições de trabalho, recusam a polivalência de funções e exigem a contratação de pessoal que no imediato já conduziu à contratação de 19 trabalhadores em Campo Maior. Estamos a preparar a campanha da precariedade da CGTP no distrito. Conjunto de acções a serem planificadas e concretizadas durante os próximos 4 anos de mandato da CGTP que se iniciou em Fevereiro deste ano. Uma campanha de esclarecimento, de mobilização de todos os trabalhadores contra este factor de instabilidade no trabalho e na vida e de conversão de vínculos precários em efectivos. De 16 a 20 de Maio decorrerá uma semana nacional de acção e luta, pelo emprego com direitos, 35h semanais, contratação colectiva, valorização salarial. Deste distrito iremos participar em força nas acções nacionais dos trabalhadores da administração local, dia 17, dos trabalhadores da administração pública e do sector empresarial do estado, águas e resíduos, dia 20, e aqui no distrito em acções locais de divulgação da luta e de reforço da consciência de classe.
É este o caminho da transformação que conhecemos e defendemos. O caminho da luta de massas, de reforço do nosso partido e do movimento sindical unitário.
Viva o 15º Encontro de Quadros do Alentejo do PCP!
Viva o PCP!