Intervenção de João Fernando, membro da DORPOR no 15º Encontro Regional de Quadros do Alentejo do PCP

Categoria: PCP
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15º ENCONTRO DE QUADROS DO ALENTEJO DO PCP

7 DE MAIO 2016

 

Caros camaradas,

Quero, antes de mais em nome da DORPOR saudar a decisão de, realizar o 15º Encontro de Quadros do Alentejo no distrito de Portalegre concretamente no concelho de Avis neste belíssimo auditório cujo nome homenageia o grande poeta da revolução Ary dos Santos

Camaradas e amigos, este é o primeiro Encontro de quadros do Alentejo que se realiza numa conjuntura política inédita para a qual fomos os que mais trabalhámos através da luta sem tréguas contra a política e o governo de direita, derrotado em Outubro passado.

Valeu a pena lutar

Tal solução encontrada pela nova maioria parlamentar veio demostrar que há sempre soluções alternativas, agora é preciso que as políticas concretas também o sejam para que se inicie outro rumo que inverta o desastre a que este distrito foi conduzido, como em nenhum outro.

É prova disso mesmo, o acentuado decréscimo da população no distrito. Tínhamos pouco mais de 101mil eleitores inscritos nos últimos cadernos eleitorais e certamente que nas próximas eleições o número será pela primeira vez abaixo dos 100 mil eleitores.

As empresas que fecharam as portas com um novo recorde em 2015, o elevado número de desempregados que se mantem e o envelhecimento da população são o resultado da ausência de políticas de desenvolvimento e fixação dos jovens, são o resultado do encerramento de serviços públicos como postos de correios, postos de saúde, escolas, transportes e outros serviços, assim como a promoção do abandono da actividade produtiva com o consequente encerramento da indústria transformadora que laborava no distrito, culminando com a extinção de freguesias. Estes são exemplos de uma política absurda para o distrito e para o país.

Camaradas,

o partido sempre teve e tem propostas para a mudança de rumo, foi apresentando-as, propostas concretas que fazem parte das conclusões das nossas Assembleias da Organização, dos nossos Programas Eleitorais, apresentadas e defendidas na Assembleia da República através do nosso Grupo Parlamentar, mesmo sem nenhum deputado eleito pelo distrito.

O que falta mesmo camaradas, é aumentar o nosso poder reivindicativo e isso faz-se também e particularmente reforçando o partido, reforçando a nossa organização e as organizações dos trabalhadores, dos reformados, dos pequenos e médios empresários etc etc orientações aliás definidas pela direcção do partido mas que nem todas tem o êxito que deviam ter, é que, apesar de estarmos de acordo com as medidas que se impõem para inverter situações difíceis através de campanhas de reforço da organização do partido nas empresas e locais de trabalho, por razões objectivas e subjectivas nem sempre chegam a atingirem os objectivos definidos e pretendidos. No distrito o partido tal como a sociedade no geral enfrenta os constrangimentos que a vida económica e social nos impõe.

A população decresce e envelhece e apesar de todas as medidas para inverter essa tendência também no Partido, a verdade é que os jovens que entram no partido não compensam os que pela lei da vida nos vão deixando, tal como os que entram nas empresas e locais de trabalho não são substituídos em igual número aos que vão saindo

Contudo

Tal como diz o nosso camarada Secretário-Geral, Dificuldades não significa impossibilidades é verdade por isso mesmo o partido decidiu e bem acções como por exemplo:

 

  • Campanha “Mais Direitos – Mais Futuro – Não à Precariedade”;
  • Acção Nacional dos reformados e pensionistas que na nossa organização está muito aquém do que devia ser feito;
  • Acção Geral de Contactos e Actualização de dados dos membros do Partido também ainda inacabada;
  • Campanha de Fundos “Mais Espaço – Mais Festa” cumprimos a meta que nos foi dada centralmente mas não conseguimos ainda atingir a que nos propusemos;
  •  Acção geral de reforço do Partido “Mais Organização, mais intervenção, maior influência – Um PCP mais forte” no sentido de recrutar para o Partido mais trabalhadores e mais jovens, integrando-os e desta forma, aumentar a ligação aos trabalhadores e ao povo;
  • Campanha para aumento em 20 % a venda do Avante, está a ser difícil porque os hábitos de leitura são insuficientes e é mais um peso embora pequeno nas despesas semanais, mas é tão necessária para que a orientação e informação verdadeira chegue aos militantes e ao nosso povo que o esforço para adquirir vale a pena;
  • Campanha para uma melhor recolha da quotização

Porque sem melhorar as receitas do partido dificilmente conseguimos manter e reforçar a actividade política no distrito;

Cada passo em frente por muito curto que seja e nas actuais circunstâncias é sempre positivo e porque o caminho se faz caminhando é prosseguindo a concretização destas campanhas, que também já vamos construindo a 40ª Festa do Avante que se vai realizar a 2, 3 e 4 de Setembro (que integra pela primeira vez a Quinta do Cabo);

Festa que temos que divulgar por todos os meios, organizar excursões para uma grande participação na festa que é tarefa de grande importância e de todo o partido.

Digo de todo o partido mesmo dos que não podendo ir à festa adquirirem a EP como título de solidariedade com a sua construção e realização.

 

Camaradas

E porque o tempo não pára o XX Congresso do Partido está aí, tem que merecer particular atenção e empenho de todas as organizações, desde já na fase actual até à sua realização nos dias 2, 3 e 4 de Dezembro de 2016, no Complexo Municipal dos Desportos – Cidade de Almada com o Lema

 

PCP – COM OS TRABALHADORES E O POVO

DEMOCRACIA E SOCIALISMO”

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Viva o 15º Encontro de Quadros

Viva o Alentejo

Viva o PCP